Estava pensando sobre o que poderia escrever para agregar conteúdo aqui no LinkedIn. Notei então algo que é comum no meu ciclo social: a dificuldade de mudar. E quando falo em mudança, pode ser na área profissional, na acadêmica ou até mesmo na vida pessoal, para tomarmos a decisão de mudar, nós pensamos dezenas, e em alguns casos, até centenas de vezes.
Acabamos pedindo opiniões das mais diversas pessoas, e muitas vezes isso acaba dificultando ainda mais a tomada de decisão. Em determinadas situações queremos que as pessoas apenas falem o que gostaríamos de escutar, mas isso dificilmente acontece, até porque, qualquer mudança envolve sairmos da zona de conforto, arriscarmos, nos colocarmos à prova para algo novo, que tem sim chances de dar certo, mas tem as possibilidades não tão boas, em que aquilo que desejamos não acontece do modo planejado.
Nossos amigos, parentes, conjugues vão analisar todas essas variáveis antes de opinarem sobre nossos planos de mudança. Eu tomei uma decisão de mudança dentro da minha carreira recentemente, na qual, antes de toma-lá, pedi a opinião de três pessoas das quais mais confio na vida – minha irmã, meu namorado e uma das minhas melhores amigas, que por coincidência atua na mesma área de trabalho que eu. Nenhum deles falou o que eu queria escutar. Nenhum deles disse: “Vai lá Vítor, acredito que é a melhor opção”. Pelo contrário, os três de maneiras similares disseram que não concordavam com a minha ideia/plano, mas que me apoiariam independente da decisão que eu tomasse.
E como ficamos depois de recebermos feedbacks como esses? As pessoas estão ali para nos apoiar, independente do que decidirmos, mas a decisão sobre a nossa vida, é individual. Você escolhe o que vai fazer amanhã. É arriscado? Sim. Pode não dar certo? Também. E se não der certo, o que você vai fazer? Quais são suas alternativas? No melhor e no pior dos cenários, quais são as possibilidades dentro dessa nova realidade que você quer entrar? São tantas perguntas…
Por mais que coloquemos todas as perguntas em ordem, todas as possibilidades pontuadas uma a uma, não teremos todas as respostas. Nós normalmente temos em mãos as variáveis, não os resultados finais, e isso faz com que nossas decisões tenham um peso ainda maior. E os sentimentos que muitas vezes vêm à tona são o medo do novo, o receio de falhar, e ninguém escolhe algo com o objetivo de errar, não é mesmo?
Acredito que quando tomamos a decisão de mudar de emprego, trocar o curso da faculdade, fazer uma pós ou um MBA em uma área diferente, mudar de cidade e dar vários passos para trás, para tentar no futuro conseguir chegar mais longe do que estamos hoje e sermos felizes, é porque nós já pensamos muito sobre, e decidimos que vale a pena arriscar.
E se substituirmos o medo, pela esperança de dar certo, o receio, pela determinação em fazer acontecer, e se errarmos, por que não dizer que tudo bem? Nós podemos cair para levantar! Se tem uma frase que me move nesses momentos de mudança é: “Se não agora, quando? E se eu não tentar, quem é que vai tentar por mim? Isso me ajuda a tomar as decisões de mudar, e saber que caso não dê certo, eu prefiro ter tentado e falhado, do que ficar com a dúvida do “e se? ”.
E você? Como é sua relação com as mudanças? Comente, vamos falar sobre isso!
Publicado originalmente no LinkedIn.
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