10 dicas de como poupar e juntar dinheiro para realizar o seu intercâmbio

Em 2016 fiz um intercâmbio e trabalho voluntário por duas semanas na Cidade do Cabo, na África do Sul, em 2017 foram 2 semanas de intercâmbio e Malta e agora em 2019 serão 2 semanas estudando em Dublin, na Irlanda (com adicional de alguns dias de passeio por Londres, Lisboa e Frankfurt). Muita gente pode dizer pra você que isso é impossível ou pouco provável de se conseguir realizar e tenho total noção que na realidade do Brasil e dos brasileiros, quem consegue realizar um intercâmbio (ainda) é a exceção. Porém venho aqui com dicas de como poupar dinheiro no dia a dia e também como se planejar da melhor maneira possível para realizar sua viagem internacional e ainda, de quebra, estudar no exterior.

10 dicas de como poupar e juntar dinheiro para realizar o seu intercâmbio

Comecemos com um fato que ainda poucas pessoas sabem. Realizar um intercâmbio, na maioria dos casos, é mais barato do que você ir para o mesmo local por turismo. Existem diversos destinos, independente do idioma que você deseje estudar ou cultura que queira conhecer. E mais importante, nos últimos tempos as formas de pagamento das agências de intercâmbio ajudam muito a tornar viável para todos os públicos a realização da experiência cultural no exterior. É possível comprar/programar um intercâmbio com dois anos de antecedência, o que pode incentivar bastante um possível plano de pagamento.

Agora, vamos as dicas que utilizo no meu dia a dia e você poderá passar a usar as que achar mais interessantes e viáveis, os itens abaixo valem tanto para poupar pro intercâmbio, quanto para outros objetivos:

1 – Não ter carro

 Moro em São Paulo, que é a maior cidade do Brasil e uma das maiores do mundo e optei por não comprar um carro (e nem tenho pretensão de comprar um). Para ser honesto, sequer tirei a carteira de habilitação, que costuma ser quase que uma obrigação social quando fazemos 18 anos. Não tirei a carta porque acho o preço abusivo (quando comparado a outros países é de se ficar indignado(a) que com menos de 100 reais você tira a carta de motorista em diversos países de distintos continentes).

Optei, quando tive a oportunidade, por não comprar um carro. Me locomovo bem de ônibus, metrô e trem pela cidade e nos últimos anos os usuários do transporte público ganharam a possibilidade do bilhete único mensal, carrego uma vez e ele vale por 31 dias. Gasto em torno de R$330,00 (Preço de 2019) por mês e consigo fazer até 10 viagens por dia com o mesmo cartão. Se eu considerar que utilizo ele todos os dias, o preço por dia fica em torno de R$11,00 num mês de 30 dias. Sendo que sempre utilizo pelo menos 4 vezes, o que barateia ainda mais o custo por viagem.

É uma escolha que, claro, se opto por não ter o mesmo conforto de estar dentro de um carro, com música e, quem sabe, ar-condicionado. Porém o que consigo guardar por não gastar com seguro, gasolina, IPVA e manutenção é um valor considerável de dinheiro.

2 – Não beber álcool

Essa provavelmente será a dica mais controversa para algumas pessoas. A maior parte dos meus amigos bebe, e o comum na nossa sociedade atual é beber quando se vai nas baladas, bares ou até restaurantes. Por que colocar isso como dica? Porque a quantidade de dinheiro que poupo por não beber álcool é enorme.

Eu tenho “sorte” em nunca ter me interessado por bebidas alcoólicas, não foi algo pensado especificamente para as viagens de intercâmbio, mas consequentemente ajuda muito quando coloco na ponta do lápis os gastos. Para que tenha ideia, na época que eu frequentava baladas, eu gastava no máximo R$15,00, que é o valor referente a três águas.

Em bares e restaurantes é a mesma coisa, minha conta sempre acaba ficando mais barata por eu não beber nada que seja muito caro. No caso, para mim não é restringir porque eu realmente nunca bebi. Para uma pessoa que tem o costume de beber, talvez incomode. Porém ai vai de cada um analisar se vale a pena cortar esse gasto, para poder ter como benefício um possível intercâmbio com maior agilidade num futuro próximo.

3 – Pedir descontos

No nosso mundo capitalista, andar com dinheiro (ou em alguns casos cartão de débito) pode ajudar no momento de pedir um desconto para comprar uma peça de roupa. Muitas pessoas têm vergonha de pedir descontos, já eu, além de ser cara de pau, se vejo que existe a possibilidade de conseguir um desconto, vou lá e peço, se a pessoa responsável me disser que não será possível, eu agradeço, coloco a peça de volta na arara e vou para a saída. Mais de uma vez a vendedora me parou e disse algo como “um minuto, vou ver com a minha gerente”. E como num passe de mágica, o desconto é oferecido. E por menor que ele seja, você estará poupando algum dinheiro que teria gasto se não tivesse solicitado o tal desconto.

4 – Comprar itens usados

Tem gente que não gosta, mas parte do meu quarto por exemplo, são itens usados, que parecem novos! A mesa do meu computador, minha cama e meu vídeo-game. Todos itens usados em ótimo estado que eu paguei em torno de 30 a 40% do preço original e economizei MUITO dinheiro fazendo isso. Essa dica vale também para roupas, muitas vezes conseguimos economizar muito em brechós ou em um ou outro bazar.

Com a tecnologia, essa possibilidade está, literalmente, na palma da nossa mão. Com ferramentas como a OLX ou o Enjoei nós conseguimos tanto vender quanto comprar itens usados. É sempre bom dar uma garimpada ampla no que procura, para não se arrepender do que compra. Porém é sempre possível encontrar algo com ótima qualidade e bom preço. Quem está aberto a essa possibilidade consegue realmente economizar.

5 – Renegociar contas antigas

Ligar na operadora de celular ou de internet. Ou então de um serviço que você utiliza todos os meses, como a Catho, por exemplo. Não é garantia que você obtenha resultados positivos em todas, mas provavelmente em uma ou outra irá conseguir. E pode parecer um valor pequeno, em torno de R$20,00 a R$30,00 reais por mês. Mas quando você multiplica por 12 meses, você estará poupando centenas de reais por ano. Mais um dinheirinho para o seu intercâmbio.

6 – Utilizar o VR para o máximo de refeições possíveis

Essa dica vale mais para as pessoas que comem pouco, como eu. E sei que também depende muito do bairro que você trabalha, aqui em São Paulo por exemplo, tem bairros que você almoça por R$13,00, porém tem outros que você precisa gastar mais de R$35,00 para comer.

O que eu faço: Tento sempre comer em um restaurante por quilo onde a comida seja de qualidade com um preço justo/barato. A minha sorte nesse ponto é que eu como realmente pouco, então meus pratos de almoço costumam ficar baratos. E como consequência, normalmente consigo utilizar para tomar café da manhã todos os dias e em poucos dias gastar até com o jantar o que me sobrou do Vale-Refeição.

Dessa maneira torno possível gastar menos do meu salário para me alimentar e mais de um benefício que as empresas (normalmente em caso de regime CLT) oferecem aos profissionais.

7 – Controlar os gastos no dia a dia (e ter metas)

Algumas pessoas preferem utilizar planilhas, para quem não tem tanto facilidade com o Excel, eu indico um aplicativo que é super fácil de usar, chamado Guia Bolso. Nele você consegue vincular sua(s) conta(s) e todo e qualquer gasto que você passar no cartão, ele irá contabilizar, dessa forma, você entra no aplicativo e categoriza de acordo com o que é aquele gasto. Por exemplo: Mercado, educação, poupança, etc.

A partir do momento que você está controlando, é bacana ter metas, sejam elas de gastos ou de valor poupado. Eu normalmente faço assim: Esse mês, por semana, posso gastar X valor. E minha meta para o final do mês é ter conseguido guardar em torno de Y reais. Se eu conseguir cumprir a primeira meta, a segunda terá automaticamente sido alcançada. Caso você tenha dúvidas se é melhor deixar na poupança ou investir em algum outro lugar, indico o Me Poupe, canal de finanças da Nathalia Arcuri, que tem uma qualidade espetacular e passa várias dicas para os leigo no assunto, como este que vos fala.

8 – Se puder, faça trabalhos freelances

Com os tempos modernos muitas profissões ganharam a possibilidade de trabalhos freelances, acontece bastante na área da comunicação por exemplo. Dependendo do job, pode ser algo feito em algumas horas ou então em poucos dias com horários alternativos ao trabalho oficial que a pessoa tem.

Essa pode ser uma maneira de adicionar valor ao dinheiro guardado mensalmente ou, quem sabe, semanalmente. O valor que será somado à renda total varia da experiência e da área de cada pessoa. Assim como de ter a disponibilidade de dedicar mais algumas horas a trabalhos distintos do que já realiza.

Friso nessa dica, que NADA vale mais do que a saúde física e mental. Então, caso você já tenha uma rotina pesada e que cria fadiga demais, aconselho a pular essa ideia. Porém, se tem disposição e está bem para isso, pode ser algo que irá ajudar muito no planejamento para alcançar os objetivos.

9 – Economize o máximo possível em casa

Pode parecer uma dica óbvia, mas não é. Essa é uma conversa que precisa acontecer com todos os moradores de casa. Para que seja possível poupar das mais variadas maneiras.

Temos algumas possibilidades e o ideal é utilizar a economia em todas elas, como por exemplo: Lavar louça de maneira consciente. Lavar roupas uma vez por semana e sempre com o menor volume de água possível na máquina. Banhos que sejam rápidos. Sempre apagar a luz quando sai do cômodo (é uma das coisas que as pessoas mais esquecem de fazer, aqui em casa fazemos uma vigilância constante sobre isso, todos cobram uns aos outros). Não deixar televisão ou aparelhos ligados se não estiver utilizando-os. E assim vai.

Eu costumo fazer comparação com anos atrás, quando meus pais quem pagavam as contas de casa, porém não faziam controle desses itens. E acreditem que, mesmo com toda a inflação e aumento de preços que já tivemos, hoje as contas vêm com valores inferiores aos de 7/8 anos atrás. E isso ajuda (e muito na economia).

10 – Se você estuda (ou pretende estudar), corra atrás de bolsas

Muitos podem pensar algo como “minha renda não me permitiria conseguir uma bolsa de estudos”. E é provável que não conseguirá uma bolsa integral. Porém, se por exemplo for fazer uma pós-graduação, você pode buscar as métricas que as universidades utilizam para conceder bolsas parciais, é possível que consiga algo em torno de 15 até 25% de bolsa no valor do curso.

Essa diferença você pode aproveitar para guardar e investir, e como consequência, alcançar ainda mais rápido os seus objetivos. Por exemplo, se um curso custa R$2.000,00 por mês e você consegue uma bolsa de 15%. Você estará economizando R$300,00 por mês. Em um ano terá economizado R$3.600,00. E acredite, esse valor irá ajudar MUITO para realizar o intercâmbio dos sonhos!

Sonhos

São 10 dicas que podemos (e devemos sempre que possível) utilizar no dia a dia para conseguir poupar dinheiro. Como coloquei no início do artigo, servem para alcançar o objetivo de realizar um intercâmbio, mas também para outros sonhos/objetivos que envolvam guardar e investir dinheiro, conta nos comentários se tem alguma dessas coisas que você já faz e quais você mais gostou! Se tiver alguma dica pessoal, fique à vontade para compartilhar também.


Publicado originalmente no LinkedIn.

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